
Esportes e protetores bucais
Um protetor bucal é um aparelho que se encaixa nos dentes para protegê-los de qualquer tipo de impacto. Os protetores bucais devem ser usados sempre que a pessoa participa de atividades esportivas que envolvam a possibilidade de quedas, contatos físicos bruscos ou choques com objetos voadores, tais como futebol, basquetebol, beisebol, rugby, hóquei, skates, ginástica, ciclismo ou qualquer atividade que possa produzir ferimentos na área da boca.
Os protetores bucais geralmente cobrem os dentes superiores e são projetados para evitar a fratura de dentes, corte nos lábios ou qualquer outro dano à boca.
A despeito dos riscos a que estão expostos, os atletas não são muito conscientes da importância do uso dos protetores bucais. No Brasil, o equipamento tem seu uso restrito a praticantes do boxe e algumas lutas marciais, enquanto nos Estados Unidos e em países europeus seu uso junto com os demais equipamentos de proteção é lei para grande parte das competições esportivas. No futebol, por exemplo, vários jogadores que fazem uso do aparelho ortodôntico já utilizam protetor por saber que são mais visados dentro de campo, e que os choques durante a partida podem provocar cortes e problemas de maior gravidade. Em outros es-portes, como o vôlei de quadra, a ocorrência de acidentes tem levado à mesma preocupação. O uso desse pequeno equipamento é a única forma de proteger a boca durante a prática de esportes. Ele atua na proteção dos dentes contra fraturas ou avulsões e na prevenção das lesões nas bochechas, língua e lábios. Segundo a Academia Norte-Americana de Odontologia Desportiva, o uso de protetores bucais na prática esportiva reduz em até 80% o risco de perda dentária.
Eles podem ser encontrados em três tipos: os pré-fabricados (com tamanhos P, M e G), os termoplásticos (também pré-fabricados) e os confeccionados pelo dentista. Os dois primeiros não têm boa adaptação à arcada dentária, interferem na fala, na respiração e na tensão muscular do atleta, que morde e aperta constantemente para o protetor não sair do lugar. O termoplástico, conhecido também como "ferve e morde", precisa ser colocado logo após imersão em água quente, que é usada para amolecê- lo, proporcionando melhor adaptação à arcada dentária - e por isso mesmo leva a riscos de queimaduras na boca. Já o protetor confeccionado pelo dentista é o melhor para o desempenho do atleta. Ele é personalizado, pois sua confecção se dá a partir da moldagem da arcada dentária. Não atrapalha na respiração e o atleta pode ingerir líquidos sem retirá-lo da boca. Independentemente do tipo, os protetores duram em média um ano. Pedem cuidados específicos como o modo de lavagem, que deve ser feita com água corrente após o uso, e o modo de armazenagem, em estojos apropriados.

